sábado, 15 de agosto de 2009

FLUXO - Principais objetivos

- REUNIR OS MELHORES E NOVOS ESTILISTAS DA MODA CURITIBANA.
– MOSTRAR OS LOOKS CONCEITUAIS DESSES ARTISTAS/ESTILISTAS QUE SÃO
POSTERIORMENTE A BASE PARA AS INOVAÇÕES E CRIAÇÕES DOS LOOKS COMERCIAS.
- PROMOVER "N" FORMAS DE VER E PENSAR MODA, COMO PALESTRAS, VÍDEOS, INTERVENÇÕES, EXPOSIÇÕES, INSTALAÇÕES, DESFILES . . .
– MOSTRAS AS NOVAS TENDÊNCIAS DA MODA ARTE
– VALORIZAR A MODA COMO IDENTIDADE E ESTÉTICA DO SEU TEMPO.
– INSERIR UM NOVO CONCEITO DE DESFILE NO CIRCUITO PARANAENSE DE
MODA.
– LEVAR A MODA ONDE O PÚBLICO ESTÁ NO SEU COTIDIANO
– ARTICULAR PARCERIAS INSTITUICIONAIS E COMERCIAIS



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

“ Moda e arte, moda e política, moda e prazer. A moda está de mãos dadas com tudo e com todos.”

A polêmica questão da moda arte começou desde que os limites da arte se tornaram flexíveis e híbridos, com a idéia de ready made de Marcel Duchamp e com a produção em série de Andy Warhol. Fatos que deram início a reflexão do estilista como artista e da moda enquanto manifestação artística das mudanças sociais.

Os estilistas querem superar a idéia atendida a funcionalidade da moda que é a de cobrir e proteger o corpo,a moda é extremamente versátil como forma de expressão,principalmente a expressão artística.

Os estilistas usam intensamente as referências artísticas em seu trabalho. John Galliano revê Frida Kahlo, Jean-Paul Gaultier revisita Piet Mondrian, por exemplo.

A vantagem da moda como forma de expressão é que ela permite ao estilista dizer a que veio sem o compromisso que um movimento artístico possui com uma mensagem ou idéia. Essa condição é tão libertária e liberada, porém, paradoxalmente está confinada por uma função. Fazemos moda porque precisamos em primeiro lugar cobrir e proteger o corpo.

Mas a moda cumpre objetivos que estão na vanguarda de qualquer expressão artística. A moda pode, assim como a arte comunicar, protestar, encantar, ou meramente declarar sua existência. As possibilidades são ilimitadas.

O assunto desperta discussão acaloradas de artistas, estilistas, fashionistas e críticos de arte, como o caso de José Arantes curador da exposição “A arte do vestir” no Museu do CICA-SP, segundo o qual “A Moda enquanto indústria não é nem nunca será arte, na medida em que possui um propósito bem definido: vender. Enquanto a arte é uma expressão livre de qualquer preceito”. Arantes afirma que não considerar a moda como arte, não é um fato negativo. Acredita na importância da moda como moda, sem a necessidade de se escorar em outro suporte.

Por outro lado a estilista Iza Ribeiro defende a moda como arte e diz: “a partir do momento em que a peça é construída em cima de um conceito e é o produto da inspiração e transpiração do criador, se emociona quem a vê ou a veste, deve ser considerada uma obra de arte sim.”.

Os looks autorais, ou conceituais, resumem todo o conceito de uma coleção em uma única figura, e não tem a venda como finalidade - na maioria dos casos, tais pecas não são reproduzidas. São feitas especificamente para o desfile, para serem apreciadas.

O fato é que estamos na época dos territórios indefinidos, da interatividade e da completa globalização, e de uma forma ou de outra, os conceitos de arte e moda acabaram interagindo, se misturando e em muitos casos se confundindo - e confundido também as cabeças pensantes dos que tentam determinar o que e’ e o que não e’.

Toda essa reflexão influenciou a criação do evento Fluxo moda arte que busca ser um território livre de criação para moda ,revelando,incentivando os estilistas/marca a mostrarem seus trabalhos artísticos estilísticos, que são à base das suas coleções, um evento que visa valorizar os estilistas/marcas paranaenses com objetivo de apresentar um novo olhar do circuito de eventos de moda da cidade de Curitiba.

Uma oportunidade para público admirar, vestir e adorar. Afinal as conclusões nem sempre são necessárias. Por isso Emocione-se.



Jéssica Beatriz
Produtora Cultural e organizadora do evento Fluxo Moda Arte.

terça-feira, 4 de agosto de 2009